Translate

domingo, 19 de julho de 2015

A ordem do universo — de onde provém?


Do infinitamente pequeno ao infinitamente grande, dos átomos às galáxias, o universo caracteriza-se por primorosa organização.



O átomo é uma maravilha de ordem, uma espécie de sistema solar em miniatura. Compõe-se dum núcleo de prótons e nêutrons, cercados de eléctrons que giram. O átomo é tão pequeno que um pequeno balão de brinquedo contém cerca de 100 sextilhões de átomos de hidrogênio! Se o átomo fosse apenas tão grande quanto a cabeça dum alfinete, todos os átomos em apenas um grão de areia fariam uma caixa de uma milha cúbica de tamanho!

Pensava-se que os prótons, nêutrons e eléctrons nos átomos fossem os ‘blocos de construção’ finais da matéria. Agora, porém, alguns cientistas crêem que os prótons e nêutrons são, em si mesmos, ‘sistemas solares’. Talvez consistam em um núcleo cercado por uma nuvem flutuante de partículas.

Se verdadeiro, isto comporia outro ‘sistema planetário’ infinitesimal dentro de um já infinitesimal sistema planetário. Tudo isto é tão diminuto que o núcleo interior, segundo se diz, ocupa apenas um bilionésimo de milionésimo do espaço total dentro do átomo, segundo certa estimativa.

O mesmo arranjo ordeiro no átomo é encontrado no sistema solar — o sol, com seus planetas giratórios e suas luas. O livro The World We Live In (O Mundo em Que Vivemos) observa: “Apesar de toda a sua complexidade, o sistema solar também revela ordem e harmonia tais que deixam impressionados os cientistas que contemplam as leis que governam os movimentos dos céus.”

Em plano ainda maior, há as galáxias, aqueles amplos sistemas de corpos celestes, arranjados como ‘universos de ilhas’. Cada galáxia se compõe de milhões, ou centenas de milhões, de corpos celestes tais como as estrelas e os planetas. Esta gigantesca massa gira ao redor de um eixo central, quase da mesma forma que ocorre dentro de um átomo, ou no sistema solar.
Mas, de onde provém toda esta ordem surpreendente? Será que primorosa organização pode ser conseguida sem primoroso organizador?



Toda esta ordem universal se baseia em leis universais. Talvez esteja a par de algumas delas, tais como a lei da gravidade ou a lei da inércia.
Há, porém, muitas outras leis que governam os fenômenos físicos no universo. Há as leis do calor, da luz, do som e outras. Todas essas leis se acham provavelmente relacionadas.

Com efeito, em seus últimos anos, Albert Einstein formulou sua “Teoria do Campo Unificado”. A respeito dela, o livro The Universe and Dr. Einstein (O Universo e o Dr. Einstein), afirma: “Promulga um conjunto de leis universais destinado a abranger não só os ilimitados campos gravitacionais e eletromagnéticos do espaço interestelar, mas também o diminuto, terrível campo dentro do átomo.”

Quando pensamos em leis, reconhecemos que provêm dum legislador. Um letreiro “Não Pise na Grama” subentende uma agência que originou tal lei. Os cientistas falam da “Lei da Inércia de Newton”, associando-a com seu descobridor. Mas, ele não fez essa lei física; apenas a descobriu. Quem, então, a fez? Quem fez todas essas leis que governam o universo material? Não exigem tais leis superiores um legislador superior?

Einstein escreveu: “Os sentimentos religiosos dos cientistas assumem a forma de arrebatadora surpresa diante da harmonia da lei Natural, que revela uma Inteligência de tamanha superioridade que, comparada a ela, todo o modo de pensar e de agir sistemáticos dos seres 
humanos torna-se completa reflexão insignificante.”


O biólogo Cecil Hamann concluiu: “Da gota de água vista pelo microscópio até a estrela distante vista pelo telescópio, quedo-me admirado com a exata ordem que observo — tão exata que foram formuladas leis para expressar sua coerência  . . . Em alguma parte, por trás de toda esta ordem, tem de haver um Ser Supremo, pois não pode haver ordem nem leis sem Mente Suprema.”

As leis físicas podem ser expressas por equações matemáticas. Por exemplo, Einstein formulou aquilo que alguns chamam de a mais famosa equação da história: E=mc2. Esta declara que a energia comida em qualquer partícula de matéria é igual à massa daquele corpo multiplicada pelo quadrado da velocidade da luz. Tal fórmula foi a base para a construção da bomba atômica.

Quando as pessoas sensatas vêem esta fórmula, lembram-se do trabalho de Einstein em relação a ela. Quando vêem outras fórmulas que expressam as leis físicas, sabem que algum cientista ou matemático as alistou por escrito. Uma equação matemática exige um matemático.
Daí, o que dizer da matemática universal? Todos os cientistas reconhecem o seguinte fato, observado por P. Rousseau no livro De l’atome a l’étoile (Do Átomo à Estrela): “Governado pela geometria desde as suas menores até suas maiores partes, o universo realmente se revela como estrutura matemática.”
Toda esta precisão matemática no universo — seria possível ter-se originado sem um matemático superior?

Um professor de matemática da Universidade de Cambridge, P. Dirac, escreveu em Scientific American: “parece ser uma das características fundamentais da natureza que as leis físicas fundamentais são descritas em termos duma teoria matemática de grande beleza e poder, precisando-se bem de alto padrão de matemática para compreendê-las. . . . Poder-se-ia talvez descrever a situação por dizer que Deus é um matemático da mais elevada ordem, e ele usou matemática muitíssimo avançada ao construir o universo.”

Não só a ordem aparece no universo material inanimado; ela aparece também no mundo vivo na terra. As ciências, tais como a biologia e a ecologia, testificam isso.
A unidade fundamental da vida na terra é a célula viva. Compõe-se de surpreendente gama de partes diferentes. Em seu livro Les origines de la vie (Origens da Vida), o citólogo francês Joel de Rosnay afirma: ‘A célula é uma fabrica suprida de proteínas que servem qual matéria-prima de construção, ao passo que as proteínas-enzimas se ocupam em catalisar e controlar as miríades de reações simultâneas que acontecem na célula.”

Bastante notável é esta coordenação de todas as miríades de partes diferentes dentro duma célula. Mas, igualmente notável é a coordenação de cada célula com miríades de outras células diferentes num organismo tal como o corpo humano. O que controla tudo isto? Como é que cada parte sabe precisamente em que se deve tornar, até que ponto deve crescer, o que fazer?


Tudo isto, crê-se, torna-se possível pela substância que é objeto de grande admiração da parte dos cientistas. É chamada DNA, abreviação de ácido deoxirribonucleico. Diz-se que é o composto químico principal dos genes. Os genes são os transportadores do código de hereditariedade das coisas vivas.

O DNA é como um computador microscópico com uma memória inata localizado no núcleo da célula. Evidentemente, este ‘computador’ ou ‘esquema’ expede instruções no tempo e no lugar corretos para todas as atividades da célula. Isto inclui seu crescimento, sua reprodução e seu trabalho harmonioso com as demais células.

A molécula de DNA é alongada e semelhante a um fio, tendo cerca de um décimo-milionésimo de polegada de diâmetro. Sua forma alongada e delgada lhe dá a capacidade, como uma fita magnética de gravar, de acumular ampla quantidade de informações. Tem-se calculado que as instruções do DNA de uma única célula humana preencheriam uma enciclopédia de 1.000 volumes em inglês.

Podemos compreender, então, porque aqueles que examinam a célula a chamam de ‘fábrica de milagres’. E J. de Rosnay acrescenta: “Esta fábrica de milagres não só consegue, como temos visto, manter-se em boa ordem, mas também produzir tanto suas próprias máquinas como seus operadores.”

Que máquina jamais deixou de ter um fabricante? Que operador jamais deixou de ter pai?
Equilíbrio Entre as Coisas Vivas
As multidões de formas de vida na terra acham-se sujeitas à estrita interdependência que atinge até mesmo seus números e sua distribuição. O mundo vivo, tanto da vida animal como da vegetal, comporta-se, como um todo, como uma unidade viva.

Este ‘equilíbrio da natureza’ pode ser visto na forte ação recíproca entre as plantas, os animais e o homem. Os animais e os humanos respiram oxigênio e exalam bióxido de carbono. As plantas inalam bióxido de carbono e exalam oxigênio. Uns suprem os outros daquilo que é vital para a existência dos outros.

Todos os animais e humanos dependem das plantas de outro modo também: As plantas suprem-nos de alimento. Sem as plantas, não haveria vida consciente na terra. 

As plantas verdes são surpreendentes fábricas que fazem aquilo que nenhuma fábrica humana consegue: Produzem alimento do ar, da água e dos elementos do solo. A energia necessária para fazer isto é obtida da luz do sol.


As plantas realizam tais feitos sem ter tido qualquer educação universitária em química. Não se torna óbvio que alguém pensou por elas?
Revista Despertai de 8 de fevereiro de 1972 editada pela Torre de Vigia - SP

Deixo com vocês a avaliação: 
A ordem do universo — de onde provém?